domingo, 12 de abril de 2009

O grito calado.


Ela nao sabia o que pensar dele. Seria nostalgia? Seria sentimentalismo? Nao. Nao gostava. Sabia que nao gostava, no entanto estava aí e algo se emaranhava nos pensamentos machucados daquele ser sem mais defesas. Mas ela nao entendia o que se passsava entao. Um reclamo do corpo seco, uma sutileza de desvarios? Nao. Olhava e enquanto ele falava ela se dizia que nao, nao, nao. Nao era o corpo que desejava, nao eram os braços que faziam-na debilitar-se em paixoes insanas, nao era ele, era outro, e isso causava repulsao. Ou repulsao por ainda sentir a "Ele" dentro dela.... ??? E aquele feto morto nao queria sair!!!! Continuar vomitando, até que tudo se tornasse branco, leve, expelindo a dor, até o ponto em que no corpo só restasse o alívio do grito calado. Foi isso e nada mais. Nao, nao era esse, com certeza esse nao, mas por um pequeno desvao de seus loucos desejos, essa idéia quiz se introduzir como intrusa em corpo enganado. Esse nao, ainda o outro, aquele, aquele.....

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